Crédito Habitação dispara 70%

Nos primeiros dez meses de 2015, o crédito à habitação disparou cerca de 70%, em comparação com igual período do ano anterior.
24 fev 2016 min de leitura

 



Nos primeiros dez meses de 2015, o crédito à habitação disparou cerca de 70%, em comparação com igual período do ano anterior.



Até Outubro de 2015 os bancos concederam cerca de 3131 milhões de euros em crédito à habitação, enquanto que em igual período do ano anterior o valor rondava os 1835 milhões de euros, um aumento de 70% de um ano para o outro.

Segundo dados do Banco de Portugal divulgados pela TSF, o mercado do arrendamento continua a ser mais fraco do que o da compra e venda de imóveis. Lisboa é o distrito onde o aluguer de casa é mais forte, mas apenas um terço de quem procura casa o faz com intenção de arrendar; os outros dois terços querem adquirir uma habitação.

No mesmo distrito, os dados do censo de 2011 recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística mostram que apenas um quarto dos imóveis colocados no mercado têm por destino o aluguer, sendo os restantes 75% para vender.

A lei da reforma do arrendamento, que entrou em vigor em 2012, tinha por objetivo dinamizar o mercado do arrendamento, que em Portugal sempre foi mais débil que o da compra de habitação própria. Mas os números do Banco de Portugal mostram que a tendência para comprar casa parece estar mais uma vez a ganhar força.

Sinal disso é que no primeiro trimestre de 2015 transacionaram-se em Portugal um total de 25.716 alojamentos familiares, o que corresponde a um aumento de 38.3% face a igual período do ano anterior.

Em declarações à TSF, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, Luís Lima, considera que “a lei não funcionou”, acrescentando que se "falou muito na questão da liberalização das rendas mas não do mais importante, que era criar condições para que os proprietários possam colocar as casas no mercado a preços mais acessíveis".

Luís Lima alerta mesmo para uma evolução negativa do mercado de arrendamento, que evolui no sentido de regressar aos valores pré-reforma do arrendamento: "antigamente 70% das pessoas procuravam casa para comprar. Com a crise do subprime, passou a acontecer o inverso: 70% da procura era para arrendamento. Mas essa percentagem tem vindo a diminuir, e cada vez mais a aproximar-se dos 20% que se registavam em 2011".

Uma evolução que se explica com o facto de "as pessoas começarem a ter noção que não há casas para arrendar a preços que elas possam pagar", e, por outro lado, "porque felizmente, têm outra solução, que é o crédito à habitação. A taxa Euribor está muito baixa, o que origina prestações mais reduzidas, e isso possibilita que muitas pessoas optem pela aquisição de casa através de empréstimo", realça.

Fonte:  http://economico.sapo.pt/

 


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